quinta-feira, 28 de abril de 2011

PARA REFLETIR

Convém não esquecer, contudo, que a realização nobre exige três requisitos fundamentais, a saber: primeiro, desejar; segundo, saber desejar; e, terceiro, merecer, ou, por outros termos, vontade ativa, trabalho persistente e merecimento justo.

O poder da doçura

O viajante caminhava pela estrada, quando observou o pequeno rio que começava tímido por entre as pedras. Foi seguindo-o por muito tempo. Aos poucos ele foi tomando volume e se tornando um rio maior. O viajante continuou a segui-lo. Bem mais adiante o que era um pequeno rio se dividiu em dezenas de cachoeiras, num espetáculo de águas cantantes. A música das águas atraiu mais o viajante que se aproximou e foi descendo pelas pedras, ao lado de uma das cachoeiras. Descobriu, finalmente, uma gruta. A natureza criara com paciência caprichosas formas na gruta. Ele a foi adentrando, admirando sempre mais as pedras gastas pelo tempo. De repente, descobriu uma placa. Alguém estivera ali antes dele. Coma lanterna, iluminou os versos que nela estavam escritos. Eram versos do grande escritor Tagore, Prêmio Nobel de Literatura de 1913: Não foi o martelo que deixou perfeitas estas pedras, mas a água, com sua doçura, sua dança, e sua canção. Onde a dureza só faz destruir, a suavidade consegue esculpir. * * * Assim também acontece na vida. Existem pessoas que explodem por coisa nenhuma e que desejam tudo arrumar aos gritos e pancadas. E existem as pessoas suaves, que sabem dosar a energia e tudo conseguem. São as criaturas que não falam muito, mas agem bastante. Enquanto muitos ainda se encontram à mesa das discussões para atomada de decisões, elas já se encontram a postos, agindo. E conseguem modificar muitas coisas. Um sábio exemplo foi de MadreTeresa de Calcutá. Antes dela e depois dela tem se falado em altos brados sobre miséria, fome e enfermidades que tomam comunidades inteiras. Ela observou a miséria, a morte e a fome rondando os seus irmãos, na Índia. Tomou uma decisão. Agiu. Começou sozinha, amparando nos braços um desconhecido que estava à beira da morte nas ruas de Calcutá. Fundou uma obra que se espalhou, com suas Casas de Caridade, por todas as nações. Teve a coragem de se dirigir a governantes e homens públicos para falar de reverência à vida, de amor, de ação. Não gritou, não esbravejou. Cantou a música do amor, pedindo pão e afeto aos pobres mais pobres. Deixou o mundo físico mas conseguiu insculpir as linhas mestras do seu ideal em centenas de corações. Como a água mansa, ela cantounos corações e os conquistou, amoldando-os para a dedicação ao seu semelhante. * * * Há muito amor em sua estrada que, por enquanto, você não consegue valorizar... Busque se aplicar no dom de ver e, vendo a ação da presença do Criador, que é amor, na expressão mais alta, como conceituou o Apóstolo João, faça de sua passagem pelo mundo um dia feliz. Se você espera ser útil e desaprova a paralisia do coração, procure amar, porque todos os mistérios da vida e da morte se encontram no amor... pois o amor é Deus!


Redação do Momento Espírita, com pensamento finais do cap. 22 dolivro Rosângela, pelo Espírito homônimo, psicografia de RaulTeixeira, ed. Fráter.